Principalmente o Rock é utilizado em processos terapêuticos pelo seu ritmo popular e estimulante. Bons exemplos são bandas como Nirvana, Rolling Stones, Kiss, Cazuza, Legião Urbana, etc; Outros tipos são a música clássica e o MPB.
MUSICOTERAPIA | Tainara Galhardo
sexta-feira, 5 de agosto de 2016
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
Musicoterapia
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A musicoterapia é considerada uma ciência
nova aplicada por pessoa qualificada que usa a música de forma prescrita e
clínica como intervenção terapêutica, que deve possuir algumas exigências
técnicas e científicas, como maturidade, controle afetivo e emocional,
imaginação, capacidade de observação do mundo interior e exterior.
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A musicoterapia destina-se a facilitar e
promover a mobilização, a comunicação, a expressão, a organização e melhorar
relacionamentos sociais.
OBJETIVOS:
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Ela objetiva desenvolver potenciais, restabelecer
funções do indivíduo para que ele possa alcançar uma melhor integração
intra/interpessoal e, em consequência uma melhor qualidade de vida; compreende
um processo interpessoal no qual são utilizados o som, a música e seus
elementos, instrumentos musicais, recursos lúdicos e técnicas específicas, como
outros objetos intermediários na relação paciente e musicoterapeuta. Por
trabalhar com o som a música, que é uma forma de expressão inerente ao ser humano,
mobiliza aspectos biopsicossociais, sendo capaz de romper bloqueios relacionais
e facilitar a emergência de situações conflituosas que podem ser trabalhadas e
elaboradas. Outros
objetivos terapêuticos relevantes são descritos como melhora de necessidades
físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas do indivíduo o qual
desenvolve potenciais e recupera funções (LEINIG, 2008).
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Tendo como objetivo melhorar e/ou desenvolver as
potencialidades do indivíduo, a Musicoterapia surgiu oficialmente, enquanto
ciência, durante a Segunda Guerra Mundial, quando a música passou a ser
utilizada cientificamente e com fins terapêuticos na reabilitação e recuperação
dos soldados feridos.
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O
primeiro plano de estudos dos efeitos terapêuticos da música (como e porque
eram alcançados) foi elaborado em 1944, em Michigam (EUA). Em 1950 foi fundada
a Associação Nacional para Terapia Musical nos Estados Unidos.
No
Brasil, os cursos realizados com esse fim foram fundados em 1971, no Paraná e
Rio de Janeiro e em 1980 a Universidade Federal do Rio de Janeiro
iniciou a Prática Clínica da Musicoterapia.
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De um modo geral, podemos dizer que o maior campo
de atuação vem sendo as áreas ligadas à educação, deficiência e saúde mental,
neurologia e, atualmente, a área hospitalar e pesquisas.
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Os locais
de atuação do Musicoterapeuta são variados (instituições, clínicas e
consultórios particulares, indústrias e empresas, hospitais, comunidades,
escolas, etc...) podendo ser desenvolvido um trabalho clínico ou investigativo
voltado a um único cliente ou grupo.
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Na área clínica podemos encontrar o trabalho
preventivo, caracterizado por pessoas normais que se submetem ao processo visando
autoconhecimento e/ou a melhora da qualidade de vida; e os tratamentos, quando
o trabalho é desenvolvido com a finalidade de auxiliar pessoas portadoras de
necessidades especiais.
O
musicoterapeuta cria formas e estratégias de fazer com que as atividades
musicais contemplem o paciente. As mais comuns incluem dança, improvisação,
associação do canto a tons combinados, uso de imagens, o canto, tocar um
instrumento ou compor uma música. Tais atos ajudam na expressão emocional, na
melhora das habilidades motoras além de melhorar lembranças associadas
favorecendo indivíduos portadores de Alzheimer (GOLD et al., 2004), com danos cerebrais
ou necessidades especiais (COVINGTON, 2001), autistas (CHANDLER et al., 2002),
indivíduos com síndrome de Down (BROTONS e KOGER, 2000) e pessoas que não estão
em tratamento, crianças, adolescentes e idosos, sendo seus efeitos incontáveis
sobre cada indivíduo (EVANS, 2002). Muitas pesquisas relatam e apontam a
importância da música como um elemento de otimização das funções cerebrais com
destaque para a memória, uma vez que a música A influência da música no
comportamento humano ______Arquivos do MUDI, v 18, n 2, p 47-62. envolve
armazenamento de símbolos organizados estimulando a cognição. Além disso, a
música apresenta grande importância em distúrbios motores como a doença de Parkinson.
Num estudo recente, idosos após acidentes vasculares encefálicos foram
submetidos a cinco sessões semanais de 30 minutos de musicoterapia interagindo
com piano e bateria. Os mesmos foram avaliados antes e após este período quanto
ao desempenho motor fino (movimento de dedos), movimentos de pulso e movimentos
mais amplos. A melhora na capacidade motora foi percebida nos movimentos e
atribuída à plasticidade neural das vias motoras do córtex cerebral para a
medula espinal a partir da estimulação causada pelos estímulos musicais
(AMENQUAL et al., 2013). Por isso, Sacks (2007) afirma que a música correta,
pode orientar o indivíduo quando este não é mais capaz de fazê-lo por si só.
MÚSICA
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Desde que o ser humano
começou a se organizar em tribos primitivas pela África, a música era parte
integrante do cotidiano dessas pessoas. Acredita-se que a música tenha surgido
há 50.000 anos, onde as primeiras manifestações tenham sido feitas no
continente africano, expandindo-se pelo mundo com o dispersar da raça humana
pelo planeta. A música, ao ser produzida e/ou reproduzida, é influenciada
diretamente pela organização sociocultural e econômica local, contando ainda
com as características climáticas e o acesso tecnológico que envolvem toda a
relação com a linguagem musical. A música possui a capacidade estética de
traduzir os sentimentos, atitudes e valores culturais de um povo ou nação. A
música é uma linguagem local e global.
MÚSICA
NO SISTEMA CEREBRAL
As ondas sonoras (vibrações) que chegam ao tímpano do ouvido
são transformadas em impulsos químicos e nervosos, que registram em nossa mente
as diferentes qualidades dos sons que estamos ouvindo. O que muitos não sabem é
que “as raízes dos nervos auditivos – os nervos do ouvido – são distribuídos
mais amplamente e tem conexões mais extensas do que os de qualquer outro nervo
no corpo.… [Devido a esta extensa rede] dificilmente existe uma função no corpo
que possa não ser afetada pelas pulsações e combinações harmônicas de tons
musicais”.
As terminações nervosas que partem do ouvido não vão
diretamente para a região do cérebro responsável pela sua interpretação. As
frequências são analisadas de forma básica já na cóclea e enviadas diretamente
para o tronco cerebral, a região responsável pelas funções mais básicas da
sobrevivência do corpo humano. Ali são classificadas e processadas e os
estímulos assim criados são distribuídos para diversos centros cerebrais,
inclusive o centro responsável pela interpretação do som. Somente depois que
este centro fez o seu trabalho é que o estímulo atinge os centros cerebrais
superiores, que valida este estímulo com base em experiências anteriores e
caracteriza e classifica a experiência sonora.
Estudos mostraram que o impacto da música no sistema nervoso
e as mudanças emocionais provocados direta ou indiretamente pelo tálamo, afetam
processos tais como a frequência cardíaca, a respiração, a pressão sanguínea, a
digestão, o equilíbrio hormonal, o humor e as atitudes. Isto nos ajuda a
entender por que as intensas batidas rítmicas da música popular, mais
notadamente o rock, podem ter uma gama tão extensa de efeitos físicos e
emocionais.
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